quinta-feira, 7 de julho de 2011

Entrevista sobre o Seminário

Coordenação do Seminário reúne com Secretário de Cultura

Galera da coordenação com Zé Miguel (Secretário de Cultura do Amapá), e Fernando Segtowick (Diretor do curta paraense MATINTA)


A noite de quarta-feira, 29, trouxe novo gás para os agentes do cinema amapaense. A data foi marcada pela reunião da coordenação do 1º Seminário Amapaense de Audiovisual com o Secretário de Cultura do Amapá, Zé Miguel.

A reunião serviu para apresentar ao secretário o projeto do Seminário e explicitar a relevância estratégica do evento para a auto-organização da cadeia produtiva do cinema de DNA amapaense. De acordo com Zé Miguel, “o projeto faz parte de uma reeducação da forma de entender cultura no Amapá, porque demonstra um planejamento que não é pontual mostrando para a sociedade que investir em cultura é viável”.

Fernando Segtowick, escalado para lançar seu curta, Matinta durante o Seminário, também compareceu ao encontro e ratificou, junto ao Secretário, a relevância do evento para o audiovisual amapaense. Na oportunidade, o diretor aproveitou também para conhecer o Teatro das Bacabeiras, lugar onde seu filme será exibido durante a programação do 1º Seminário Amapaense de Audiovisual.

Manaíra Carneiro, uma das diretoras do longa 5xFavela, prepara-se para vir ao Amapá

Manaíra é uma jovem cineasta que, desde 2002, flerta com a sétima arte. Como a maioria dos realizadores iniciantes, produziu curtas independentes em suporte digital sem grandes esquemas de distribuição e pós-produção. Eis que o grande passo rumo a profissionalização aconteceu com a reedição do projeto 5xFavela, capitaneado por Cacá Diegues.

A promissora cineasta é atualmente aluna da reconhecida escola de audiovisual Darcy Ribeiro e também é aluna da Universidade Federal Fluminense onde cursa Estudos de Mídia.

Em entrevista ao site Observatório das Favelas, Manaíra falou de seus planos para futuras incursões no universo dos 24 quadros por segundo: Acho que o meu destino é o cinema, mas pretendo misturá-lo, experimentar mais. Tenho um roteiro de um curta que quero misturar animação, outro roteiro que quero fazer é de uma série multiplataforma para internet, gosto muito de tecnologia, acho que vou por aí.

Fernando Segtowick e seu curta Matinta, confirmados no Seminário

O diretor paraense chegará a Macapá com uma pesada bagagem cinematográfica. Seu último curta-metragem, Matinta, está sendo um sucesso de crítica e tem sido muito bem recebido nos grandes festivais do circuito nacional, o que atesta a fase promissora do cineasta que já pensa no primeiro longa.

Não bastasse ter sido selecionado em um dos festivais mais difíceis do Brasil, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o filme ainda arrebatou dois prêmios:

- O de melhor atriz (Dira Paes);


- E o de melhor som (Evandro Lima, Miriam Biderman, Ricardo Reis e Paulo Furnari);

Por isso, vale a pena conferir a estréia dessa fita aqui em Macapá. Inscreva-se no Seminário, baixe a programação no link ao lado e agende-se. Cinema amazônico de qualidade com direito a bate papo com o diretor!

Fonte das Imagens: http://matinta.wordpress.com/

Amapá debate políticas públicas para o audiovisual

O 1º Seminário Amapaense de Audiovisual é um evento estratégico para o segmento no Amapá. Nele, serão discutidas as propostas do estado para o Fórum de Audiovisual da Amazônia Legal (FAAL), que acontecerá em julho de 2012, durante o Festival Guarnicê, no Maranhão. É muito importante a participação de todos os agentes do audiovisual local nesse debate e na elaboração de propostas que irão servir de base para a formulação de políticas públicas regionalizadas para o segmento.

Set de "A rosa" último filme amapaense rodado: exemplo de ação colaborativa do audiovisual no estado


Para subsidiar esses debates a organização do evento irá disponibilizar textos base para cada um dos temas gerais que serão debatidos: formação, produção e distribuição. Esse textos trarão um diagnóstico do setor, seus entraves e perspectivas, daí a necessidade de os interessados em participar dos painéis e dos grupos de trabalho lerem esses documentos. Abaixo, um breve panorama de como a programação do seminário está composta:


- 1ª Jornada Amapaense de Cineclubes:
Nesse espaço, se reunirão as coordenações dos cineclubes existentes no estado para socializar suas práticas, histórias e debater propostas coletivas para a atuação das salas de exibição não comerciais do Amapá.

- Curso de Introdução ao Audiovisual:
O curso será ministrado por Cassandra Oliveira, aluna da Escola Internacional de Cinema e TV de Cuba. O valor da inscrição é de R$ 30,00. O curso abrirá apenas 15 vagas e terá certificado aos participantes;

- Rodadas de conversas:
Serão reuniões com agentes estratégicos para o audiovisual com objetivo que lhes apresentar as ações do segmento no estado buscando sensibilizá-los e ampliar o apoio a profissionalização da cena amapaense de audiovisual.
a)      Reunião com representantes das salas de cinema;
b)      Reunião com representantes das TV abertas locais;
c)      Reunião com parlamentares das esferas municipal, estadual e federal;

 - Mostras de filmes:
Compondo a programação do 1º Seminário Amapaense de Audiovisual, realizaremos mostras de filmes sendo que, em três delas, as dos dias 28, 29 e 30, estarão presentes os diretores para debater com o público presente após a sessão de seus respectivos.
- “Miguel, Miguel”, minissérie paraense, com presença do diretor Roger Elarrat;
- “Matinta”, curtamentragem paraense, com presença do diretor Fernando Segtowick;
- 5xFavela – agora por nós mesmos, com presença da diretora Manáira Carneiro;
 
 
Fonte: http://seminarioaudiovisual.blogspot.com

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mais um sábado no Clube de Cinema!

                      Mais Cinema no ano II de nosso querido Clube!
                        Mais detalhes sobre o filme é só clicar aqui.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Clube de Cinema do próximo sábado, 11.06, exibirá "A máquina"

Na véspera do dia dos namorados, uma boa pedida para se preparar pra a data é ir ao Clube de Cinema ver um filme legal. Pros que vão sozinhos quem sabe, no debate depois do filme, não conhecem alguém interessante; pros que já vão acompanhados, o escurino do cinema não faz mal pra ninguém, não é mesmo?

O filme da vez é o nacional "A máquina", mais detalhes da produção seguem logo abaixo. Mas antes não esqueçam do serviço:

Fonte: http://fimdecinema.blogspot.com

- O Clube de Cinema é uma ação entre os parceiros: MIS-AP, SESC-AP, UNIVERCINEMA e ABD&C.
- As sessões acontecem quinzenalmente no Auditório do MIS, segundo piso do teatro das Bacabeiras, com início às 18h30min;
- A entrada é franca

SINOPSE


Em Nordestina, cidadezinha perdida no sertão, a jovem Karina sonha ser atriz e partir para o mundo. Antes que seu amor lhe escape, Antônio, filho de Dona Nazaré, adianta-se numa cruzada kamikaze para trazer o mundo até Karina. Para isso, Antônio sai da cidade e anuncia, num programa de televisão, que irá cumprir uma sensacional aventura: fazer uma viagem ao futuro, partindo da praça de Nordestina. Se fracassar, garante ele, uma máquina da morte irá destruí-lo, ao vivo e via satélite, na frente de todos. Uma história em que os sonhos contradizem a realidade, as condições geográficas e políticas ameaçam conter a vida, e o amor desempenha o papel de elemento transformador. Baseada na peça homônima de João Falcão sucesso de crítica e público.

TÍTULO ORIGINAL: A Máquina
LANÇAMENTO: 2006-03-24
DIREÇÃO: João Falcão
CO-PRODUÇÃO: Globo Filmes, Diler & Associados, Miravista
DISTRIBUIÇÃO: Buena Vista International

ELENCO
Paulo Autran
. . .  Antonio (velho)
Gustavo Falcão
. . .  Antonio
Mariana Ximenes
. . .  Karina
Wagner Moura
. . .  Homem da televisão
Wladimir Brichta
. . .  José Onório
Lázaro Ramos
. . .  Doido cético
Fabiana Karla
. . .  Dona Nazaré
Val Perré
. . .  Valdene (adulto)
Prazeres Barbosa
. . .  Prazeres
Osvaldo Mil
. . .  Seu Neco
Cristiane Ferreira
. . .  Maria da Graça
Fernanda Beling
. . .  Jéssica
Aramis Trindade
. . .  Doido da mochila
Edmilson Barros
. . .  Doido discípulo
Karina Falcão
. . .  Jennifer Jackson da ZWZ3
Fabrício Boliveira
. . .  Valdene (jovem)
Mariz
. . .  Stéfano
Felipe Koury
. . .  Homem do ventilador
Zéu Britto
. . .  Doido cantador

 
FICHA TÉCNICA
Figurino: Kika Lopes
Cenografia: Marcus Figueiroa
Produtor: Diler Trindade
Trilha Original: DJ Dolores, Robertinho de Recife, Chico Buarque de Hollanda
Som Direto: José Moreau Louzeiro
Edição de Som: Maria Muricy, Simone Petrillo, Cláudio Valdetaro
Mixagem: Rodrigo Noronha
Montagem: Natara Ney
Produção Executiva: Telmo Maia, Guel Arraes, Tatiana Maciel, Maria Clara Fernandes
Efeitos Especiais: Sérgio Schmid
Produção de Elenco: Cibele Santa Cruz
Direção de Arte: Marcos Pedroso
Direção de Produção: Tereza Gonzalez
Roteiro: João Falcão, Adriana Falcão
Produtor Delegado: Geraldo Silva de Carvalho
Diretor de Fotografia: Walter Carvalho, A.B.C.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

segunda-feira, 16 de maio de 2011

MIS abre as inscrições para sua 2ª Maratona fotográfica



9ª Semana Nacional de Museus
2ª Maratona Fotográfica do MIS
Museu da Imagem e do Som do Amapá


- A 2ª Maratona Fotográfica do MIS é um evento de caráter educativo e cultural que busca promover a arte fotográfica, a cultura e as paisagens naturais e urbanas do Estado do Amapá. Ela esta inserida na programação da 9ª Semana Nacional de Museus, que acontece no Brasil todo através das ações de mais de 1009 museus que realizarão 3080 eventos, o Museu da Imagem e do Som do Amapá está participando desta rede.

- Para participar da maratona fotográfica o interessado deve fazer até 04 (quatro) fotografias como o tema Como vejo Macapá, impressas no tamanho 15x21 cm, preencher a ficha de inscrição disponível no MIS-AP e entregá-las no próprio museu em envelope identificado da seguinte forma: “2ª Maratona Fotográfica do MIS”;

- As inscrições na 2ª Maratona Fotográfica do MIS podem ser efetivadas no Museu da Imagem e do Som, no período de 16 a 21 de maio, no segundo piso do Teatro das Bacabeiras, das 9:00 às 12:00 e das 15:00 às 18:00 horas, gratuitamente;

- As imagens devem também ser entregues em formato digital no ato da inscrição. Essa entrega pode ser feita através da gravação dos arquivos em CD, DVD, ou mesmo em pen drive para que sejam salvas pelos funcionários do MIS-AP nos computadores da instituição;

- A 2ª Maratona Fotográfica do MIS não é um evento competitivo;

- Os autores das imagens inscritas na 2ª Maratona Fotográfica do MIS, autorizam, de imediato, a incorporação das fotografias de  sua autoria ao acervo do MIS-AP, podendo essas serem utilizadas nas atividades e nos materiais de divulgação museu, sem que este tenha que arcar com qualquer valor indenizatório. Ficam garantidos os respectivos créditos;

- As imagens inscritas na 2ª Maratona Fotográfica do MIS serão apresentadas a comunidade dia 21.05.2011, em exposição montada na Praça Veiga Cabral a partir das 15 às 19:00;

- O Museu da Imagem e do Som do Amapá reserva-se o direito de não expor fotografias que, por ventura, avalie que não contemplam o tema da maratona;

- Este regulamento também estará disponível no endereço eletrônico do MIS-AP: http://museudaimagemedosom.blogspot.com;

- É permitida a participação de menor de idade desde que o responsável assine a ficha de inscrição autorizando a participação do menor;


Macapá, 14 de maior de 2011

 Fonte: http://museudaimagemedosom.blogspot.com

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Clube de Cinema: ano um

Era maio de 2010. Dia 15 de maio, para sermos certeiros na data. 18:30, para sermos certeiros na hora. Acontecia, então, a primeira exibição realizada pelo Clube de Cinema. Na primeira sessão foram exibidos filmes produzidos por realizadores amazônidas.O objetivo estava claro desde o início: o Clube de Cinema vinha com a proposta de representar um espaço de difusão de trabalhos que, dificilmente, chegam a ser projetados nas salas de cinema do estado.

A seleção dos filmes que compuseram a primeira sessão, realizada na Sala Charles Chaplin do Sesc Araxá, buscou iniciar o projeto Clube de Cinema mostrando que, na Amazônia, se produz audiovisual de qualidade e que, declarações contrárias a esse fato, precisavam ser desconstruídas. Projetou-se então uma seqüência de trabalhos audiovisuais realizados na Região Norte do país:

- O vaso (AP/Macapá);
- Açaí com Jabá (PA/Belém);
- Meu tempo menino (PA/Santarém);
- Gari sim, Lixo não (AP/Macapá);
- A onda, festa na pororoca (PA/Belém);

O público foi pequeno, não mais que dez pessoas. Mas quem compareceu a essa primeira sessão saiu com uma missão: fazer circular a informação de que surgia, a partir daquele dia, mais um espaço para quem estivesse disposto a ver, pensar e produzir audiovisual no Amapá. E cá estamos nós, um ano depois, realizando mostras com um público médio de quarenta pessoas, agora no auditório do Museu da Imagem e do Som. Hoje, a equipe que organiza o Clube de Cinema tem a honra de contar com pessoas que, inicialmente, apenas participavam das sessões, o projeto cresceu e vem cumprindo os objetivos para os quais foi criado.

Algumas das artes de Rodrigo Aquiles para as sessões do Clube de Cinema

Além de unir o produtor independente ao público, o Clube busca estimular o debate em torno das temáticas desenvolvidas nos filmes que são exibidos. Um dos grandes diferenciais entre os cineclubes e as salas de cinema comerciais é exatamente esse: temos a possibilidade de ouvir os pensamentos e as idéias que o filme provocou no outro que, muitas vezes, nem conhecemos. Há, nos cineclubes, essa troca, esse intimismo no qual as experiências fílmicas são compartilhadas e socializadas.

O Clube de Cinema também busca estimular a realização de trabalhos audiovisuais e o surgimento de novos realizadores. Nesse sentido, duas ações, ao longo desse um ano de vida se destacam:

- A realização do filme curta metragem “Última sessão”, roteirizado e dirigido por Jamaile Gurjão, freqüentadora das sessões do Clube;
- Participação no projeto “Cinema na Escola”, realizado na Escola Estadual Sebastiana Elenir que originou 06 vídeos feitos pelos alunos daquela instituição;
Atualmente, além de suas sessões quinzenais, o Clube de Cinema compõe a comissão organizadora do 1º Seminário Amapaense de Audiovisual, outra ação que promete trazer vários benefícios para o segmento no estado.

Agora que você já conhece um pouco mais sobre o Clube de Cinema apareça na sessão de aniversário. Ela vai ser um pouco diferente das demais: o filme da vez será o metalingüístico Rebobine, por favor, após o debate sobre a obra, Geison Castro conduzirá um repertório de Rock Nacional no meio do qual, com certeza, haverá uma pausa para cantarmos os “parabéns pra você” e apagar as velinhas. Você está convidado a comparecer. As informações estão todas logo abaixo. Agende-se!

Serviço:
O Clube de Cinema é uma parceria entre Sesc-AP, Museu da Imagem e do Som do Amapá (MIS-AP),  Univercinema (UNIFAP) e Festival Imagem-Movimento (FIM).
Filme da vez: Rebobine, por favor
Data: 14/05/2010
Local: Auditório do Museu da Imagem e do Som (segundo piso do Teatro das Bacabeiras)
Hora: 18:30

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ontem/Hoje


Ontem cheguei sob muita chuva à Mosaico Lounge Rock. Já era tarde pro contexto também: 1 hora. Um pouco mais, um pouco menos. Logo na entrada, encontro amigos, amigas, galera legal que gosta de rock e que tava quase órfã de um bar que privilegiasse o gênero.
No palco, estava a The Hides, entusiasmando boa parte do público com seu cover competente. Atrás desse mesmo palco aí, VD Hertz audiovisualizava as músicas com imagens que alternavam verossimilhança e abstração num ritmo interessante: minha atenção ficou nisso em vários momentos. Às vezes a música fazia cenário pras imagens e às vezes as imagens faziam cenário pra música, tudo potencializado por bebida devidamente  fermentada e gelada.
Olhava a galera pirando com o som da banda quando um amigo parou ao meu lado e disse: “Velho tá du caralho hoje aqui! Até que fim um lugar bacana nessa cidade!”. Balancei a cabeça fazendo que sim e sorri.
Daí, fiquei pensando sobre o que ele me disse. Descobri que concordava com uma parte e não com outra.  O lugar é bacana mesmo. Mas os lugares legais pra ir já não são tão raros, as opções têm germinado com uma freqüência agradável. Percebo, de bom grado, que a velha Macapá está passando por transformações que a estão deixando bem melhor e bem pior. No quesito eventos culturais pra ir, a cena tem melhorado muito. Começa-se a entender que uma cena é feita por pessoas e pelas ações que essas pessoas são capazes de realizar/pensar. Então, se temos as pessoas, temos a cena.
Alguém me trouxe “mais uma dose, é claro que eu tô afim”. As luzes da cidade no vidro molhado do carro refratavam. Retinas fadigadas. Os covers foram muito bons. Imagens na parede. Uns tostões a menos na carteira. Uma noite boa. Boa noite.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Preparando o set para aula de fotografia...

Uma das aulas que a galera mais gosta é quando trabalhamos essa técnica aí. O problema é que eu sempre tenho que ficar de cobaia nos testes. Uma observação necessária viu gente: essa foto aí não tem montagem não...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sobre os filmes e suas legendas

É hábito corrente, entre pessoas que gostam bastante de cinema, achar que um filme visto com o áudio da dublagem é um sacrilégio imperdoável e que quem ousa adotar tal prática é um herege.

Há bastante tempo, convivo próximo a pessoas que gostam e entendem bastante de cinema.  E isso sempre me acrescentou bastante, costumo aprender com quem convivo. Mas isso também me trouxe algumas conversas nas quais tive que exercitar argumentos contrários aos dos meus interlocutores. E um dos temas reincidentes nestes diálogos – por vezes triálogos – era a tal da virtude ou não de se assistir a filmes dublados.

Pois então, nos idos anos em que se locava fita VHS, ou pegávamos uma fita dublada ou legendada, nunca uma com os dois recursos, era a linearidade ainda conduzindo nossa percepção e fruição dos produtos culturais como o cinema. Poder escolher o idioma do áudio ou da legenda ou uma combinação entre um e outro dentro de uma mesma mídia, foi uma Torre de Babel construída pelo DVD.

Desde muito cedo, descobri que gostava de ler e, ainda assim, nunca gostei de filmes legendados, minha intuição pueril me dizia que aquilo era subentender um filme. Achava, na verdade, estranho que as pessoas locassem um filme legendado. Devo dizer agora, para que esse texto ganhe um sentido mais convincente, que cresci em meio a fotografias e, por isso, talvez tenha sido alfabetizado primeiro pelas imagens e só depois pelas letras.

Bem, hoje ainda é bastante comum que as pessoas continuem assistindo aos filmes legendados apesar de terem a opção de vê-los dublados, ação essa ainda considerada um sacrilégio. Tecem-se argumentos em prol da legenda:

- Ela é mais fiel ao texto original;
- Ela valoriza a interpretação do ator;
- Ela mantém uma qualidade de som melhor;
- Ver filme dublado é coisa de quem não sabe ler;
- As dublagens são pouco convincentes;

E outros que, provavelmente, tenha-me esquecido. Mas esses argumentos nunca me pareceram convincentes. Sempre os entendi e, eventualmente, concordei com eles, mas não os avaliava como convincentes.

Então, vou romper agora um silêncio de anos e vou dizer o que penso sobre isso: acho que essa compreensão é um logocentrismo. Herança de uma sociedade que tinha na palavra escrita uma forma de dominar e subjugar quem não conseguia decifrá-la. Para o Ocidente a idéia de cultura sempre esteve associada mais ao livro do que a imagem, ao contrário do Oriente e até de parte da Europa. É como se a imagem fosse analfabeta. Esse é um raciocínio meio sociológico.

O raciocínio meio fisiológico é o seguinte: uma obra cinematográfica não é feita para ser lida. Óbvio, é feita para ser vista. E quando nosso olho foca uma legenda, ele desfoca a imagem e, portanto, desfoca a mensagem principal da obra audiovisual. A visão humana não consegue focar dois elementos em planos diferentes de uma só vez.

Há ainda a justificativa técnica: uma obra audiovisual é concebida, planejada, normalmente para ser compreendida principalmente pela visão daí a necessidade, por exemplo, do story board de planejar cada enquadramento de um filme, o som, merece atenção, mas uma atenção menor se comparada a que a imagem demanda. Um argumento que pode ratificar essa afirmação é o fato de existir “cinema mudo” (ok, reconheço o problema desse termo, existiam as orquestras, mas vocês estão me entendendo, né?) mas não existe cinema “cego” (ok, sei que existe a audiodescrição, mas vocês estão me entendendo outra vez, né?).


Por fim, existem outros argumentos, mas vou deixar para os comentários, caso sejam necessários. Concluo dizendo que acho mais respeitoso assistir a uma obra audiovisual dublada do que legendada. Quero ler o que vocês têm a dizer, acho que essa discussão deve render, até.

sábado, 16 de abril de 2011

Assembléia geral do audiovisual Amapaense

O audiovisual amapaense tem dado demonstração de que está caminhando para uma maturidade. As ações atuais dos grupos e agentes que militam no segmento estão sendo marcadas pela capacidade de mobilização, esforços de profissionalização e estímulo a elaboração de políticas públicas para o setor.
Com intuito de propor uma organização dessas ações e unificar forças dos agentes realizadores que a Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas Sessão Amapá está convidando todos os realizadores e/ou cineclubistas do estado para comparecerem dia 24.04, ao auditório do Museu da Imagem e do Som (segundo piso do Teatro das Bacabeiras), às 14h, para realização de uma Assembléia Geral do segmento.
Na ocasião a entidade discutirá a seguinte pauta:
 - Fórum do audiovisual da Amazônia Legal – FAAL;
- Propostas para o Conselho Municipal de Cultura de Macapá;
-  I Seminário de audiovisual amapaense;
- Campanha de filiação;
O comparecimento a esta reunião é estratégico para que a entidade possa sair fortalecida e para que o segmento audiovisual amapaense possa traçar metas e estratégias coletivas que permitam a continuidade das ações de fortalecimento da cena audiovisual local.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

quarta-feira, 30 de março de 2011

terça-feira, 15 de março de 2011

Clube de Cinema deste sábado, 12.03

Para mais informações clique aqui

Lista de motivos para ir lá:
- Filmes legais;
- Pessoas legais;
- Debates legais;
- Entrada franca;


quarta-feira, 9 de março de 2011

Programação do MIS para o aniversário de 21 anos do Bacabeiras

O MIS-AP tem a honra de convidar todas e todos a participarem de sua programação gratuita em homenagem ao aniversário de 21 anos do Teatro das Bacabeiras:

10.03 (quinta-feira)
Hora: 17:30
Palestra: Mulher e Cultura na Amazônia Contemporânea
Profa. Ms. Alzira Nogueira
Local: Auditório do Museu da Imagem e do Som (2º piso do Teatro das Bacabeiras)

Hora: 19:30
Exibição do vídeo “A Banda vai passar”
Presença do diretor Thomê Azevedo
Local: Auditório do Museu da Imagem do Som (2º piso do Teatro das Bacabeiras)


Sinopse:
A Banda é o maior bloco de sujos do Norte do país e um dos elementos mais fortes da festa de Momo realizada no Amapá. Nesse documentário, além de podermos ver a presença marcante da população no bloco, temos também a oportunidade de conhecer alguns de seus fundadores bem como vários detalhes sobre seu surgimento. Em tempos de carnaval é uma boa pedida assistir ao documentário: A banda vai passar

12.03 (sábado)
Hora: 18:30
Exibição e  debate do filme Orfeu (1958)
Prof. Ms. Luciano Magnus
Local: Auditório do Museu da Imagem e do Som (2º piso do Teatro das Bacabeiras)


Sinopse:
O mito grego de Orfeu e Eurídice é retratado como uma trágica história de amor ambientada nos morros do Rio de Janeiro, durante os festejos do carnaval. Euridice encontra-se no Rio de Janeiro pouco antes do carnaval, quando conhece Orfeu, um condutor de bondes, que logo se apaixona por ela, chamando-a a participar de um desfile.
Classificação indicativa: 14 anos 

sexta-feira, 4 de março de 2011

Clube de Cinema realiza sessão em homenagem ao dia da mulher

Mantendo uma ótima sequência de sessões instigantes e bons debates a respeito do audiovisual, o Clube de Cinema realiza no próximo sábado, 05.03, mais uma reunião de cinéfilos. A película da vez chama-se “A guitarra”, filme escolhido em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A exibição dessa semana será antecedida por um repertório levado a voz e violão pela afinada Brenda Nandes, outro atrativo dessa sessão será o sorteio de brindes entre as mulheres presentes.



No enredo de “A guitarra” vemos a transformação de uma mulher depois de ser diagnosticada com uma doença terminal, despedida do emprego e abandonada pelo namorado. Depois de saber que terá apenas 2 meses de vida, ela resolve dar vazão a tudo aquilo que sempre desejou, inclusive aprender a tocar guitarra.
Já deu pra perceber que essa sessão ta cheia de novidades não é? Então agende-se aí:

Data: 05.03.2011
Local: Auditório do Museu da Imagem e do Som (segundo piso do Teatro das Bacabeiras)
Hora: 18:30
A classificação indicativa do filme é 16 anos

O Clube de Cinema é uma ação entre os parceiros: MIS-AP, Univercinema, SESC-AP, ABDeC-AP e FIM

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Eventos audiovisuais

 
"Cinema em debate" é um evento do curso de Artes Visuais da Unifap, coordenado pela professora Cristiana Nogueira e apoiado pelo Museu da Imagem e do Som do Amapá. Os debates terão como fator motivador temas pertinentes ao cinema e as relações que ele estabelece entre os atores sociais (educação, política, técnica/tecnologia etc.). A entrada é franca e os temas abordados são extremamente valiosos.

Serviço:
Dias 17 e 18 de fevereiro
Das 14 às 18h
De graça
Auditório do MIS-AP (Segundo piso do Bacabeiras)
 

Clube de Cinema é o cineclube que aglutina vários agentes do audiovisual amapaense: MIS, Sesc-AP, FIM, Univercima e ABDeC. Neste sábado, a trupe do Clube se reúne para assistir ao filme de animação Medo (s) de Escuro. A película é uma sucessão de histórias de terror infantil animadas por 6 diretores (um para cada história). Vale muito à pena aparecer: a temática é boa, o debate posterior sempre rende discussões interessantes e é de graça.

Serviço:
Dia 19 de fevereiro (sábado)
Das 18:30 às 21
De graça
Auditório do Museu da Imagem e do Som (Segundo piso do Bacabeiras)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Jornalismo, simplesmente

É comum  ouvirmos comentários críticos em relação a imprensa amapaense e, quase que invariavelmente, essas críticas atingem a ética e a qualidade dos produtos noticiosos elaborados em nossas redações. Isso, corriqueiramente, se atribui ao fisiologismo e elitismo imperante nas esferas de mando das empresas jornalísticas. Bem, aqui temos uma bela oportunidade de exercitarmos nossa competência jornalística em um espaço protegido, ao menos em tese, de um controle acefálico, da informação. Quem se habilita? Não se trata mais de espaço, mas sim de competência!

A equipe do Outro Olhar, da TV Brasilabre espaço para o jornalismo participativo, onde qualquer cidadão pode mostrar a sua visão do que é notícia, em vídeos de até 2 minutos. O formato dos vídeos é livre! A ideia é estimular novas formas de mostrar a realidade e a diversidade da população brasileira.

Várias produções feitas por Pontos de Cultura de todo país já foram exibidas no Outro Olhar! E o motivo deste nosso contato é ampliar ainda mais as parcerias entre a gente em 2011.

Este, portanto, é um CONVITE aos Pontos de Cultura de todo país para enviarem seus vídeos para o Outro Olhar, da TV Brasil. A ideia é estimular novas produções independentes à partir de uma produção alternativa, que mostre de fato um Brasil que nem todos conhecem.

Os vídeos podem ser gerados por FTP (geração de arquivos pela internet) ou enviados pelos Correios a custeio da TV Brasil. Entrem em contato para mais informações. Caso os vídeos tenham um tempo maior que 2 minutos, podemos pensar juntos uma forma de editar o material. Os créditos e os contatos do Ponto de Cultura serão todos mantidos!

Qualquer dúvida ou sugestão, fiquem à vontade para entrar em contato. E para ter uma ideia dos vídeos que são exibidos no Outro Olhar, acessem: www.youtube.com/outrolhar


Fonte:
Guilherme Strozi
Coordenador do Outro Olhar – Jornalismo Participativo
TV BRASIL
61 37995310
outroolhar@cp.ebc.com.br

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Clube de cinema em sessão ESPECIAL!

Eis que chega mais um dia de reunir o Clube de Cinema! E essa sessão tem vários atrativos. Como na sexta (04.02) Macapá faz 253, a comemoração se prolonga até sábado e nós, do Clube de Cinema, montamos uma programação dedicada a essa data! Pela primeira fez  teremos uma palestra antes da sessão: Edgar Rodrigues falara sobre “História das salas de cinema de Macapá” e logo depois serão exibidos filmes realizados na terrinha!



Então fica combinado assim:

Data: 05.02 (sábado)
Local: Auditório do MIS (segundo piso do Teatro das Bacabeiras)
Hora: 18:30

A programação detalhada segue ai abaixo:


Palestra: "História das salas de cinema de Macapá"
Com Edgar Rodrigues

Mostra com os filmes:

Me dá um abraço (Ficção)
Fernanda (Samara Barbosa) está passando por um momento delicado em sua vida. Sua irmã, Flávia (Adriana Abreu), não suporta mais a rebeldia constante de Fernanda e não percebe o problema pelo qual sua irmã está passando, transformando esse momento delicado d Fernanda em mais uma briga entre irmãs.

Duração: 15'
Roteiro e Direção: Regi Cavaleiro
Ano de Produção: 2010

Hora Satan (Ficção)
Este curta-metragem surgiu seguindo à risca a frase de Glauber Rocha “ uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”. Uma única noite de gravação, muita força de vontade, ausência de recursos e pós-produção experimental têm como resultado um suspense legitimamente amapaense. Uma jovem cética se depara com estranhos acontecimentos que a fazem vivenciar situações anormais, levando-a a repensar o seu conceito de fé.

Duração: 7'
Roteiro e Direção: Hedvaldo Silva
Ano de Produção: 2009
Elenco: Etiene Mazze, Hevaldo Silva


Tucuxi – Uma Lenda Amazônica (Ficção)
Criado a partir da II Oficina de Vídeo, ministrada no Sesc, por Joni Bigoo, o filme faz uma incursão na lenda do boto amazônico, contando situações que, simultaneamente, desmitificam-na e a valorizam, através da interpretação primorosa de vários alunos da Oficina, entremeada com a  atuação de nomes famosos do teatro amapaense. História, baseada em um verso da música Andor, de Osmar Junior “ Um  boto veio à cidade, não encontrando inocência voltou pro rio”. E assim, o boto vem à cidade, mas o que encontra confronta e muito com a vida que leva nos interiores. Esta é a forma que o diretor mostra a desvalorização das lendas e, por conseguinte, do conhecimento de nossos antepassados, que são cambiados pelos modismos e culturas trazidas de outras terras, perpetuadas apenas pelos grupos culturais.

Duração: 33'
Roteiro e Direção: Joni Bigoo
Ano de Produção: 1994
Elenco: Airá Santana, Etiene Mazze, Rechene Amin, Sebastian Campos, Mirla Barreto


Macapá: memórias de minha cidade (documentário)
Vídeo realizado pelo projeto “Histórias daqui” desenvolvido pelo Museu da Imagem e do Som que trata da memória do estado do Amapá. O documentário é uma coletânea de depoimentos poéticos sobre a Macapá e as pessoas que a constroem diariamente.


Vídeo Clipes realizados pela produtora Açaímilombra