segunda-feira, 23 de maio de 2011

segunda-feira, 16 de maio de 2011

MIS abre as inscrições para sua 2ª Maratona fotográfica



9ª Semana Nacional de Museus
2ª Maratona Fotográfica do MIS
Museu da Imagem e do Som do Amapá


- A 2ª Maratona Fotográfica do MIS é um evento de caráter educativo e cultural que busca promover a arte fotográfica, a cultura e as paisagens naturais e urbanas do Estado do Amapá. Ela esta inserida na programação da 9ª Semana Nacional de Museus, que acontece no Brasil todo através das ações de mais de 1009 museus que realizarão 3080 eventos, o Museu da Imagem e do Som do Amapá está participando desta rede.

- Para participar da maratona fotográfica o interessado deve fazer até 04 (quatro) fotografias como o tema Como vejo Macapá, impressas no tamanho 15x21 cm, preencher a ficha de inscrição disponível no MIS-AP e entregá-las no próprio museu em envelope identificado da seguinte forma: “2ª Maratona Fotográfica do MIS”;

- As inscrições na 2ª Maratona Fotográfica do MIS podem ser efetivadas no Museu da Imagem e do Som, no período de 16 a 21 de maio, no segundo piso do Teatro das Bacabeiras, das 9:00 às 12:00 e das 15:00 às 18:00 horas, gratuitamente;

- As imagens devem também ser entregues em formato digital no ato da inscrição. Essa entrega pode ser feita através da gravação dos arquivos em CD, DVD, ou mesmo em pen drive para que sejam salvas pelos funcionários do MIS-AP nos computadores da instituição;

- A 2ª Maratona Fotográfica do MIS não é um evento competitivo;

- Os autores das imagens inscritas na 2ª Maratona Fotográfica do MIS, autorizam, de imediato, a incorporação das fotografias de  sua autoria ao acervo do MIS-AP, podendo essas serem utilizadas nas atividades e nos materiais de divulgação museu, sem que este tenha que arcar com qualquer valor indenizatório. Ficam garantidos os respectivos créditos;

- As imagens inscritas na 2ª Maratona Fotográfica do MIS serão apresentadas a comunidade dia 21.05.2011, em exposição montada na Praça Veiga Cabral a partir das 15 às 19:00;

- O Museu da Imagem e do Som do Amapá reserva-se o direito de não expor fotografias que, por ventura, avalie que não contemplam o tema da maratona;

- Este regulamento também estará disponível no endereço eletrônico do MIS-AP: http://museudaimagemedosom.blogspot.com;

- É permitida a participação de menor de idade desde que o responsável assine a ficha de inscrição autorizando a participação do menor;


Macapá, 14 de maior de 2011

 Fonte: http://museudaimagemedosom.blogspot.com

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Clube de Cinema: ano um

Era maio de 2010. Dia 15 de maio, para sermos certeiros na data. 18:30, para sermos certeiros na hora. Acontecia, então, a primeira exibição realizada pelo Clube de Cinema. Na primeira sessão foram exibidos filmes produzidos por realizadores amazônidas.O objetivo estava claro desde o início: o Clube de Cinema vinha com a proposta de representar um espaço de difusão de trabalhos que, dificilmente, chegam a ser projetados nas salas de cinema do estado.

A seleção dos filmes que compuseram a primeira sessão, realizada na Sala Charles Chaplin do Sesc Araxá, buscou iniciar o projeto Clube de Cinema mostrando que, na Amazônia, se produz audiovisual de qualidade e que, declarações contrárias a esse fato, precisavam ser desconstruídas. Projetou-se então uma seqüência de trabalhos audiovisuais realizados na Região Norte do país:

- O vaso (AP/Macapá);
- Açaí com Jabá (PA/Belém);
- Meu tempo menino (PA/Santarém);
- Gari sim, Lixo não (AP/Macapá);
- A onda, festa na pororoca (PA/Belém);

O público foi pequeno, não mais que dez pessoas. Mas quem compareceu a essa primeira sessão saiu com uma missão: fazer circular a informação de que surgia, a partir daquele dia, mais um espaço para quem estivesse disposto a ver, pensar e produzir audiovisual no Amapá. E cá estamos nós, um ano depois, realizando mostras com um público médio de quarenta pessoas, agora no auditório do Museu da Imagem e do Som. Hoje, a equipe que organiza o Clube de Cinema tem a honra de contar com pessoas que, inicialmente, apenas participavam das sessões, o projeto cresceu e vem cumprindo os objetivos para os quais foi criado.

Algumas das artes de Rodrigo Aquiles para as sessões do Clube de Cinema

Além de unir o produtor independente ao público, o Clube busca estimular o debate em torno das temáticas desenvolvidas nos filmes que são exibidos. Um dos grandes diferenciais entre os cineclubes e as salas de cinema comerciais é exatamente esse: temos a possibilidade de ouvir os pensamentos e as idéias que o filme provocou no outro que, muitas vezes, nem conhecemos. Há, nos cineclubes, essa troca, esse intimismo no qual as experiências fílmicas são compartilhadas e socializadas.

O Clube de Cinema também busca estimular a realização de trabalhos audiovisuais e o surgimento de novos realizadores. Nesse sentido, duas ações, ao longo desse um ano de vida se destacam:

- A realização do filme curta metragem “Última sessão”, roteirizado e dirigido por Jamaile Gurjão, freqüentadora das sessões do Clube;
- Participação no projeto “Cinema na Escola”, realizado na Escola Estadual Sebastiana Elenir que originou 06 vídeos feitos pelos alunos daquela instituição;
Atualmente, além de suas sessões quinzenais, o Clube de Cinema compõe a comissão organizadora do 1º Seminário Amapaense de Audiovisual, outra ação que promete trazer vários benefícios para o segmento no estado.

Agora que você já conhece um pouco mais sobre o Clube de Cinema apareça na sessão de aniversário. Ela vai ser um pouco diferente das demais: o filme da vez será o metalingüístico Rebobine, por favor, após o debate sobre a obra, Geison Castro conduzirá um repertório de Rock Nacional no meio do qual, com certeza, haverá uma pausa para cantarmos os “parabéns pra você” e apagar as velinhas. Você está convidado a comparecer. As informações estão todas logo abaixo. Agende-se!

Serviço:
O Clube de Cinema é uma parceria entre Sesc-AP, Museu da Imagem e do Som do Amapá (MIS-AP),  Univercinema (UNIFAP) e Festival Imagem-Movimento (FIM).
Filme da vez: Rebobine, por favor
Data: 14/05/2010
Local: Auditório do Museu da Imagem e do Som (segundo piso do Teatro das Bacabeiras)
Hora: 18:30

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ontem/Hoje


Ontem cheguei sob muita chuva à Mosaico Lounge Rock. Já era tarde pro contexto também: 1 hora. Um pouco mais, um pouco menos. Logo na entrada, encontro amigos, amigas, galera legal que gosta de rock e que tava quase órfã de um bar que privilegiasse o gênero.
No palco, estava a The Hides, entusiasmando boa parte do público com seu cover competente. Atrás desse mesmo palco aí, VD Hertz audiovisualizava as músicas com imagens que alternavam verossimilhança e abstração num ritmo interessante: minha atenção ficou nisso em vários momentos. Às vezes a música fazia cenário pras imagens e às vezes as imagens faziam cenário pra música, tudo potencializado por bebida devidamente  fermentada e gelada.
Olhava a galera pirando com o som da banda quando um amigo parou ao meu lado e disse: “Velho tá du caralho hoje aqui! Até que fim um lugar bacana nessa cidade!”. Balancei a cabeça fazendo que sim e sorri.
Daí, fiquei pensando sobre o que ele me disse. Descobri que concordava com uma parte e não com outra.  O lugar é bacana mesmo. Mas os lugares legais pra ir já não são tão raros, as opções têm germinado com uma freqüência agradável. Percebo, de bom grado, que a velha Macapá está passando por transformações que a estão deixando bem melhor e bem pior. No quesito eventos culturais pra ir, a cena tem melhorado muito. Começa-se a entender que uma cena é feita por pessoas e pelas ações que essas pessoas são capazes de realizar/pensar. Então, se temos as pessoas, temos a cena.
Alguém me trouxe “mais uma dose, é claro que eu tô afim”. As luzes da cidade no vidro molhado do carro refratavam. Retinas fadigadas. Os covers foram muito bons. Imagens na parede. Uns tostões a menos na carteira. Uma noite boa. Boa noite.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Preparando o set para aula de fotografia...

Uma das aulas que a galera mais gosta é quando trabalhamos essa técnica aí. O problema é que eu sempre tenho que ficar de cobaia nos testes. Uma observação necessária viu gente: essa foto aí não tem montagem não...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sobre os filmes e suas legendas

É hábito corrente, entre pessoas que gostam bastante de cinema, achar que um filme visto com o áudio da dublagem é um sacrilégio imperdoável e que quem ousa adotar tal prática é um herege.

Há bastante tempo, convivo próximo a pessoas que gostam e entendem bastante de cinema.  E isso sempre me acrescentou bastante, costumo aprender com quem convivo. Mas isso também me trouxe algumas conversas nas quais tive que exercitar argumentos contrários aos dos meus interlocutores. E um dos temas reincidentes nestes diálogos – por vezes triálogos – era a tal da virtude ou não de se assistir a filmes dublados.

Pois então, nos idos anos em que se locava fita VHS, ou pegávamos uma fita dublada ou legendada, nunca uma com os dois recursos, era a linearidade ainda conduzindo nossa percepção e fruição dos produtos culturais como o cinema. Poder escolher o idioma do áudio ou da legenda ou uma combinação entre um e outro dentro de uma mesma mídia, foi uma Torre de Babel construída pelo DVD.

Desde muito cedo, descobri que gostava de ler e, ainda assim, nunca gostei de filmes legendados, minha intuição pueril me dizia que aquilo era subentender um filme. Achava, na verdade, estranho que as pessoas locassem um filme legendado. Devo dizer agora, para que esse texto ganhe um sentido mais convincente, que cresci em meio a fotografias e, por isso, talvez tenha sido alfabetizado primeiro pelas imagens e só depois pelas letras.

Bem, hoje ainda é bastante comum que as pessoas continuem assistindo aos filmes legendados apesar de terem a opção de vê-los dublados, ação essa ainda considerada um sacrilégio. Tecem-se argumentos em prol da legenda:

- Ela é mais fiel ao texto original;
- Ela valoriza a interpretação do ator;
- Ela mantém uma qualidade de som melhor;
- Ver filme dublado é coisa de quem não sabe ler;
- As dublagens são pouco convincentes;

E outros que, provavelmente, tenha-me esquecido. Mas esses argumentos nunca me pareceram convincentes. Sempre os entendi e, eventualmente, concordei com eles, mas não os avaliava como convincentes.

Então, vou romper agora um silêncio de anos e vou dizer o que penso sobre isso: acho que essa compreensão é um logocentrismo. Herança de uma sociedade que tinha na palavra escrita uma forma de dominar e subjugar quem não conseguia decifrá-la. Para o Ocidente a idéia de cultura sempre esteve associada mais ao livro do que a imagem, ao contrário do Oriente e até de parte da Europa. É como se a imagem fosse analfabeta. Esse é um raciocínio meio sociológico.

O raciocínio meio fisiológico é o seguinte: uma obra cinematográfica não é feita para ser lida. Óbvio, é feita para ser vista. E quando nosso olho foca uma legenda, ele desfoca a imagem e, portanto, desfoca a mensagem principal da obra audiovisual. A visão humana não consegue focar dois elementos em planos diferentes de uma só vez.

Há ainda a justificativa técnica: uma obra audiovisual é concebida, planejada, normalmente para ser compreendida principalmente pela visão daí a necessidade, por exemplo, do story board de planejar cada enquadramento de um filme, o som, merece atenção, mas uma atenção menor se comparada a que a imagem demanda. Um argumento que pode ratificar essa afirmação é o fato de existir “cinema mudo” (ok, reconheço o problema desse termo, existiam as orquestras, mas vocês estão me entendendo, né?) mas não existe cinema “cego” (ok, sei que existe a audiodescrição, mas vocês estão me entendendo outra vez, né?).


Por fim, existem outros argumentos, mas vou deixar para os comentários, caso sejam necessários. Concluo dizendo que acho mais respeitoso assistir a uma obra audiovisual dublada do que legendada. Quero ler o que vocês têm a dizer, acho que essa discussão deve render, até.