sábado, 27 de junho de 2009

Gripado


Espirrei...
Expulsei de mim algo que o organismo rejeitava
Protegi meu ventre de vontades pérfidas
Regrei a ânsia de tossir
Expeli, narinas a fora, muito do que era
Perdi o rumo do lenço
Deveria assoar o nariz
Mas, na verdade, vendei os olhos

(...)
Vendei-vos a alma
Mastigai de boca vazia
Engula o catarro que antes declamava
Use sua voz rouca entorpecida
Para explicar a si
Muito de seu vazio
Muito de sua nudez hipócrita
Muito de sua palavra morta
Letra morta
Sem nunca ter nascido

sábado, 20 de junho de 2009

Em tempos de "amapalidade" não custa nada lembrar...


A lista de cidades brasileiras que transformaram seus “mercados centrais ou antigos” em grandes centros de cultura e comércio de gêneros super exóticos não é pequena. A nossa vizinha Belém é um exemplo interessante disso. O Ver-o-Peso fez história e gera muita renda.
Pergunte-se se Macapá faz parte de referida lista e logo se ouvirá um tão sonoro quanto incômodo "não".

À sombra da imponente Fortaleza de São José de Macapá, o Mercado Central fica relegado a alguns poucos olhares mais desprendidos dos roteiros turísticos instituídos. A concorrência é grande, mas o bom e velho Mercado Central está lá. Nem tão firme, mas sempre forte.
P.S.: Infelizmente, desconheço os detalhes da realização da imagem acima (ano, fotógrafo etc...) se alguém souber, não se acanhe, pode falar.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Googleando...


“Nós rastreamos a Internet, o que significa dizer que nós vamos lá e fazemos download da Internet inteira. Nós fazemos o download de aproximadamente cem páginas por segundo”


“É bastante complicado manter esses dados de forma confiável. Nós armazenamos todas as páginas de Internet das quais fazemos download porque é sempre bom tê-las para futuras pesquisas. Nós temos a Internet inteira dentro de discos que ficam ao longo dos corredores. Aparentemente, ter esses dados pode ser algo muito útil para fazer pesquisas”


Os dois “discursos diretos” acima foram proferidos por Larry Page um dos idealizadores do Google. Os depoimentos constam no livro Google: A história do negócio de mídia e tecnologia de maior sucesso dos nossos tempos, do vencedor do prêmio Pulitzer e repórter do Washington Post, David A. Vise em co-autoria com Mark Malseed.


Uma leitura que desvenda o Google como nenhuma outra e mostra de que forma se erigiu a empresa criadora da cultura coorporativa baseada no slogan “Não seja mau”!

sábado, 13 de junho de 2009

Estamos operando em caráter experimental

Espelho e memória. Espelho não apenas do que fotografamos, mas de toda a realidade social que engloba aquele que seleciona, através da objetiva, a cena a ser registrada. Mas também memória: de como eram nossos filhos, como se parecem conosco quando tínhamos aquela idade, memórias de espaços distantes que visitamos. (O Fotográfico, p. 111)